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sábado, 1 de maio de 2010

Camões Parte III

Editora de Literatura ArtCulturalBrasil
Arapongas - Paraná


CAMÕES III


Caracterização geral.

Além de Os lusíadas, só três ou quatro poemas de Camões foram publicados durante sua vida. A maior parte da obra lírica, tal como os autos e as cartas, permaneceu inédita. A tarefa de identificar e reunir esse material precioso, a que a celebridade e grandeza do prodígio épico emprestavam aura de objeto de devoção, mobilizou muita gente, ao longo de largos anos.

Quanto à sua obra lírica, o volume das suas "Rimas" ter-lhe-á sido roubado. Assim, a obra lírica de Camões foi publicada postumamente, não havendo acordo entre os diferentes editores quanto ao número de sonetos escritos pelo poeta. Há diferentes edições de "líricas" camonianas e não há completa certeza quanto à autoria de algumas das peças líricas.

Assim é que a organização da obra tem história à parte, de que um dos primeiros passos foi a publicação em 1587, por Afonso Lopes, dos autos Anfitriões e Filodemo. Seguiu-se a primeira coletânea das líricas, com o título de Rimas (1595), devida a Estêvão Lopes. Sucederam-se outras edições, expurgadas de poemas presumivelmente apócrifos ou acrescidas de dezenas de outros, às vezes duvidosos. A primeira obra completa só apareceu em 1860, preparada pelo visconde de Juromenha: os sonetos, inicialmente 108, chegavam a 352.

Do final do século XIX em diante se fizeram edições mais criteriosas, apoiadas nos trabalhos de Wilhelm Storck, Carolina Michaëlis, Agostinho de Campos, Costa Pimpão, José Maria Rodrigues, Afonso Lopes Vieira e Hernâni Cidade. Mais recentemente, pesquisadores como Jorge de Sena, Eugênio de Andrade e Emanuel Pereira Filho fixaram o extraordinário legado camoniano nos seguintes termos: Os lusíadas, 211 sonetos, 142 redondilhas, 15 canções, 13 odes, nove éclogas, cinco oitavas, quatro cartas e três autos (além dos mencionados, El-rei Seleuco).

Lírica. Tanto nos sonetos quanto nas redondilhas, Camões é também poeta e pensador, em que a sensibilidade e a consciência interagem com equilíbrio incomparável. O aspecto neoplatônico e idealista, de modelo petrarquiano, se funde à materialidade do toque dionisíaco pelo qual o amor, se "está no pensamento como idéia", também é "fogo que arde sem se ver". Tanto que ao tema dos bens e males do amor se juntam os da má sorte, do exílio em suas várias acepções, da transitoriedade dos dias, da mudança: em um soneto, "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"; ou, em "Babel e Sião", "E vi que todos os danos / Se causavam das mudanças, / e as mudanças dos anos". Nesse ponto o poeta está muito adiante de Petrarca e a um passo do barroco conceptista, tanto no conteúdo, como na forma: o soneto adquire inflexão emotiva mais direta e a redondilha herdada do Cancioneiro geral se faz poesia filosófica.

A obra lírica de Camões é constituída por poemas feitos em medida velha e em medida nova. A medida velha obedece a poesia de tradição popular, as redondilhas, de 5 ou 7 sílabas (menor ou maior, respectivamente). São composições com um tema.Os poemas em medida nova são formas poéticas ligadas a tradição clássica. São eles:

- Sonetos (composições poéticas de 14 versos, distribuídas em dois quartetos e dois tercetos);

- Éclogas (poesia em forma de diálogo, com tema pastoril);

- Elegias (composições que expressam tristeza);

- Canções (composições curtas);

- Oitavas (poemas com as estrofes de 8 versos);

- Sextinas (poemas com as estrofes de 6 versos).

Na poesia lírica de Camões o amor é descrito como um sentimento que entusiasma o homem, tornando-o capaz de atingir o Bem, a Beleza e a Verdade. Também aparece como um sentimento de significado contrário pela própria natureza. Por um lado, o Amor é manifestação do espírito, por outro é manifestação física. Para Camões, o Amor deve ser experimentado, deve ser sentido e não apenas mental, um sentimento de pensamento.

Na sua poesia lírica, o poeta passa a ideia de que o amor só vale a pena quando é complexo, e contraditório. Nos poemas de medida velha, Camões está mais próximo da poesia popular medieval, já nos de média nova aproxima-se de grandes vultos clássicos.


(Imagem Google)
"Aqui jaz Luís Vaz de Camões, Príncipe dos Poetas do seu tempo.
Viveu pobre e miseravelmente assim morreu."

Os Sonetos de Camões

Introduzido em Portugal por Sá de Miranda, coube a Camões assegurar o triunfo do soneto, mercê de sua irresistível vocação lírica; do seu gosto pela análise das finezas do sentimento amoroso; do equilíbrio entre a agudeza conceitual, a perfeição formal e a expressão comovida dos transes existenciais do poeta; da musicalidade feliz que, por trás do rigor da construção, faz parecerem espontâneos os decassílabos.

Os sonetos de Camões são a parte mais conhecida de sua lírica; os melhores que escreveu são os melhores de toda a literatura da língua portuguesa.

Camões é o maior poeta lírico do Classicismo português.

Dotado de inegável genialidade, coube a ele a melhor performance do soneto em língua portuguesa. Camões segue estritas regras de composição, obedecendo ao princípio da imitação, embebendo-se em fontes italianas como as do poeta Petrarca.

A brevidade do soneto - dois quartetos, dois tercetos - requer grande concentração emocional, geralmente disposta sob a forma de tese-antítese com desfecho conclusivo que busca a síntese ou a unidade. A linguagem é condensada no decassílabo, utilizando a palavra de forma precisa, permeada pelo controle rígido da razão, mesmo quando o tema é uma aparente desordem.

Breve análise do poema “Alma minha gentil, que te partiste”

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou

O soneto, que os biógrafos associam à morte de Dinamene, chinesa com quem Camões teria vivido em Macau, é dos mais conhecidos. Segundo a tradição, acusado de delitos administrativos, Camões e Dinamene teriam sido levados da China para a Índia, onde seria julgado o poeta. Na viagem, por volta de 1560, o navio naufraga nas costa do Camboja, junto à foz do rio Mekong.

Camões teria conseguido salvar-se e salvar Os Lusíadas, que trazia quase concluído, mas teria perdido Dinamene, a sua "alma gentil", relembrada em elevado tom elegíaco, quase místico.

O platonismo revela-se, no soneto, pela sublimação eternizadora da amada, a partir de sua morte. O poeta contempla a amada transubstanciada em puro espírito ("lá no assento etéreo"), por via do muito amar.

O apelo aos sentidos é transcendentalizado, imaterializado buscando Dinamene no Céu, em Deus, entendidos como valores filosóficos, míticos, e não apenas religiosos ou cristãos. A morte implica uma espécie de purificação. A amada, que partiu para esse "mundo das idéias e formas eternas", também se torna objeto de elevação e saudade. Mas a "reminiscência", neste caso, tem mão dupla: do poeta, que se eleva à beleza imaterial da amada, como usual, e também na direção oposta, pois o poeta sugere a possibilidade de que a amada se lembre dele, "lá do assento etéreo".

O poeta equilibra a expressão de seus transes existenciais com a disciplina clássica.

O poema O amor é um fogo que arde sem se ver, de Luís de Camões, faz parte da lírica clássica do autor, a medida nova.

Neste poema, Camões procurou conceituar a natureza contraditória do amor. Não é um tema novo. Já na Antigüidade, o amor era visto como uma espécie de cegueira, uma doença da razão, uma enfermidade de conseqüências às vezes devastadoras. Nas cantigas de amor medievais, os trovadores exprimiam seu sofrimento, a coita, provocada pela desorientação das reações do artista diante de sua Senhora, de sua Dona.

Petrarca e os poetas do dolce stil nuovo privilegiaram, na Renascença italiana, o tema do desencontro amoroso, das contradições entre o amar e o querer e do sofrimento dos amantes e apaixonados.

O poeta buscou analisar o sentimento amoroso racionalmente, por meio de uma operação de fundo intelectual, racional, valendo-se de raciocínios próximos da lógica formal. Mas como o amor é um sentimento vago, imensurável, Camões acabou por concluir pela ineficácia de sua análise, desembocando no paradoxo do último verso. O sentir e o pensar são movimentos antagônicos: o sentir deseja e o pensar limita, e, como o poeta não podia separar aquilo que sentia daquilo que pensava o resultado, na prática textual, só podia ser o acúmulo de contradições e paradoxos. Essa feição contraditória e o jogo de oposições aproximam Camões do Maneirismo e, no limite, do Barroco.

Leiamos o poema “ O Amor é um fogo que arde sem se ver”:

QUARTETOS

1. Amor é um fogo que arde sem se ver,
2. É ferida que dói e não se sente;
3. É um contentamento descontente;
4. É dor que desatina sem doer.

5. É um não querer mais que bem querer;
6. É um andar solitário entre a gente;
7. É nunca contentar-se de contente;
8. É um cuidar que ganha em se perder.

TERCETOS

9. É querer estar preso por vontade;
10. É servir a quem vence, o vencedor;
11. É ter com quem nos mata lealdade.

12. Mas como causar pode seu favor
13. Nos corações humanos amizade,
14. Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Os versos têm estrutura bimembre e contêm afirmativas que se repartem em enunciados contrários (antitéticos). Essas oposições simetricamente dispostas nos versos, acumulam-se em forma de gradação (clímax), para desembocar na desconcertante interrogação/conclusão do último verso sobre os efeitos do amor. As contradições, por vezes, são aparentes porque o segundo membro do verso funciona como complemento do primeiro, especificando-o e tornando-o ainda mais expressivo, quando confronta duas realidades diversas: uma sensível ("ferida que dói") e uma espiritual, que transcende a primeira ("e não se sente").

É o caso do 1º, 2º, 4º e 5º versos. No 1º verso, por exemplo, o segundo membro ("sem se ver" significa interiormente;) no 2º verso, o Amor "é ferida que dói (exteriormente) e não se sente" (interiormente); no 4º verso, o Amor "é dor que desatina (exteriormente) "sem doer" (interiormente) e, no 5º verso, a noção é a de que não é possível querer mais, de tanto que se quer, de tanto que se ama. Mesmo que se tome o referencial fogo como elemento de contraste entre os dois membros desses versos, este mesmo fogo, contraditoriamente, "arde sem se ver".

A reiteração do verbo ser ("É") no início dos versos, do 2º ao 11º, configura uma sucessão de anáforas, uma cadeia anafórica. O soneto inicia-se e termina com a mesma palavra - Amor -, sentimento contraditório, que é o tema da composição.

Quanto à métrica, os versos são decassílabos (dez sílabas poéticas), com predomínio dos decassílabos heróicos, nos quais a sexta e a décima sílabas são sempre tônicas.

Emoção e razão, expressão pessoal e imitação modelam uma dicção sóbria, contida, mas nem por isso menos comovente. Mesmo quando aproveita o material autobiográfico, não há o "descabelamento" desesperado dos românticos. A morte da amada serve também ao exercício poético da imitação, no caso, do modelo petrarquista: "Quest anima gentil che si diparte / Anzi tempo chiamata a l'altra vita".

Observe que, curiosamente, em "Alma minha..." o ouvido de Camões foi indiferente a uma cacofonia ("maminha"), que hoje seria de todo modo evitada.

A situação conflitante que o poeta retrata projeta uma tensão que se aproxima do Maneirismo e, por essa via, do Barroco: a presença da morte, o tom fatalista, o dualismo que opõe vida e morte, passado e presente, serenidade e sofrimento.

Além do tema amoroso, Camões se faz cantor dos desconcertos do mundo. Espírito muito atento à sua época, tem plena consciência de que tudo muda, nada é eterno.

O homem, embora queira sempre atingir o ideal e a perfeição, depara-se com a terrível restrição imposta pela própria condição humana. O poeta chega à conclusão de que não existe o absoluto ou o eterno, restando a ele divagar sobre o real e o ideal, o eterno e o transitório, a morte e a vida, o pessoal e o universal. Nesses pares, encontram-se as mais profundas tensões que a lírica já deixou transparecer.

Quer na lírica, quer na épica, o gênio de Camões é daqueles, muito raros, que se mostram continuamente aptos a proporcionar o encontro com o sublime, a solução ao mesmo tempo mágica e de extrema inteligência, o acerto ou revelação definitiva, que magnetiza o leitor e o eleva, de súbito, a um outro estado de percepção. Às vezes, isso se instala em um ou outro de seus versos, pois o poeta é senhor de alguns dos mais perfeitos da língua, como, no soneto sobre Jacó, o remate "para tão longo amor tão curta a vida".

Autos e cartas. Ficaram ainda, da obra camoniana, autos e cartas. De matriz vicentina, os autos de Camões desenvolvem o traço coloquial que muitas vezes se insinua em sua lírica e, para bom observador, até no texto de Os lusíadas. Essa tendência lhes dá leveza dramática e acentua as surpresas de sua face burlesca. Um desses autos, o Filodemo, a tradição reza ter sido encenado pelo autor em Goa, em 1556.

Nas poucas cartas que sobreviveram das muitas escritas por Camões, entrevê-se muito de seu estilo poético: em algumas descreve para um amigo a vida social de Lisboa, seus costumes e pecados. Com ironia ácida, ataca a hipocrisia das relações mundanas e as contrapõe às doçuras da vida no campo, de onde o amigo escrevera. Em uma carta que envia da Índia, ao contrário, está saudoso de Portugal e horrorizado com aqueles trópicos também tristes, de que diz: "Da terra vos sei dizer que é mãe de vilões ruins e madrasta de homens honrados." Luís Vaz de Camões, um vate da Literatura Portuguesa!

Muito teríamos a dizer sobre Camões. No entanto, acreditamos que o trabalho aqui realizado seja mais que suficiente para reavivar a admiração e o respeito por sua inigualável produção, despertando nos amantes da Literatura, o desejo de uma pesquisa mais ampla.

Além d’Os Lusíadas, escreveu:

Rimas

1595 - Amor é fogo que arde sem se ver.

1595 - Verdes são os campos.

1595 - Que me quereis, perpétuas saudades?

1595 - Sobolos rios que vão.

Teatro

1587 - El-Rei Seleuco.

1587 - Auto de Filodemo.

1587 - Anfitriões

Bibliografia

Embora o presente texto não inclua de um modo geral a bibliografia passiva de autores recenseados entende-se que a importância, a todos os títulos singular, de que se revestem a personalidade e a obra de Luís de Camões, no âmbito da literatura portuguesa e, mesmo, da literatura universal, obriga a que, neste caso, ela seja pelo menos de algum modo apontada. Assim, não sendo exaustiva, a listagem que se segue procura, no entanto, dar conta de boa parte dos estudos que julgamos significativos:

• Bell, Aubrey F. G., Luís de Camões, trad. do inglês por A. A. Dória, Porto, 1936

• Bismut, Roger, La lyrique de Camões, Paris, s/d., e Les Lusiades de Camões, confession d'un poète, Paris, 1974

• Bowra, C. M. Virgílio, Tasso, Camões e Milton (Ensaio sobre a Epopeia), trad. do inglês por A. A. Dória, Porto, 1950

• Braga, Teófilo, Camões. A Obra Lírica e Épica, Porto, 1911

• Branco, João de Freitas, A Música na Obra de Camões, Lisboa, 1979, e Camões e a Música, Lisboa, 1982

• Carvalho, Joaquim de, «Estudos sobre as leituras filosóficas de Camões», in Lusitânia, 1952

• Castro, Armando, Camões e a Sociedade do Seu Tempo, Lisboa, 1980

• Cidade, Hernâni, Luís de Camões. I - O Lírico, Lisboa, 1936, Luís de Camões. II - O Épico, Lisboa, 1950, e Luís de Camões. III - Os Autos e o Teatro do Seu tempo - As Cartas e Seu Conteúdo Biográfico, Lisboa, 1956

• Coelho, Jacinto do Prado, «Camões: um lírico do transcendente», in A Letra e o Leitor, Lisboa, 1969

• Dias, J. S. da Silva, Camões no Portugal de Quinhentos, Lisboa, 1981

• Ferreira, Joaquim, Camões. Dúvidas e Acertos, Porto, s/d.

• Ferrer, Ch., «La mitología em Os Lusíadas: una possible enterpretación», in Revista Camoniana, vol. III, São Paulo, 1971

• Le Gentil, Georges, Camões, l'oeuvre épique et lyrique, Paris, 1952 (trad. port. de José Terra, Lisboa, 1969)

• Gonçalves, F. Rebelo, A Fala do Velho do Restelo - Aspectos Clássicos Deste episódio Camoniano, Lisboa, 1933

• Hatzfleld, Helmut, «Estilo manuelino en los sonetos de Camões», in Estudios sobre el Barroco, Madrid, 1966

• Lins, Álvaro, Ensaio sobre Camões e a epopeia como Romance Histórico, Porto, 1972

• Macedo, J. Borges de, «Os Lusíadas» e a História, Lisboa, 1979

• Matos, Maria Vitalina Leal de, Introdução à Poesia de Camões, Lisboa, 1980; O Canto na Poesia Épica e Lírica de Camões - Estudo da Isotopia Enunciativa, Paris, 1981

• Mendes, João, «Camões. O drama de Camões. O platonismo de Camões», in Literatura Portuguesa - I, Lisboa, 1974

• Moura, Vasco Graça, Camões e a Divina Proporção, Lisboa, 1985

• Rebello, Luiz Francisco, Variações sobre o Teatro de Camões, Lisboa, 1980

• Régio, José, «Discurso sobre Camões», in Luís de Camões (antologia e prefácio), Coimbra, 1944 (ensaio depois incluído no volume Ensaios de Interpretação Crítica), Lisboa, 1964)

• Rocha, Clara, Apresentação Crítica, Estabelecimento do Texto, Notas e Sugestões para Análise Literária do «Auto dos Anfitriões», Lisboa, 1981

• Rodrigues, José Maria, Fontes d' «Os Lusíadas», Lisboa, 1913

• Salgado Júnior, A., Luís de Camões. Obra Completa, Rio de Janeiro, 1963

• Schneider, Reinhold, Camões - Angústia e Tragédia, versão portuguesa de Milton Campana, São Paulo, 1967

• Sena, Jorge de, A Poesia de Camões (Ensaio de Revelação da Dialéctica Camoniana), Lisboa, 1959, A Estrutura de «Os Lusíadas» - I, Rio de Janeiro, 1961, A Estrutura de «Os Lusíadas» - II, Rio de Janeiro, 1964, Uma Canção de Camões, Lisboa, 1966, A Estrutura de «Os Lusíadas» - III e IV, Rio de Janeiro, 1967, Os Sonetos de Camões e o Soneto Quinhentista Peninsular, Lisboa, 1969, A Estrutura de «Os Lusíadas e Outros Estudos Camonianos e de Poesia Peninsular do Século XVI, Lisboa, 1970, e Trinta Anos de Camões (2 vols.), Lisboa, 1980; Estudos Sobre o Vocabulário de «Os Lusíadas», Lisboa 1982

• Sérgio, António, «Questão Prévia de um Ignorante aos Prefaciadores da Lírica de Camões», in Ensaios, tomo IV, Lisboa, 1934, e «Apêndice ao Ensaio Sobre a Lírica de Camões», in Ensaios, tomo v, Lisboa, 1936

• Silva, Vítor Manuel de Aguiar e, «Notas Sobre o Cânone da Lírica Camoniana", in Revista de História Literária de Portugal, vols. III e IV, Coimbra, 1968-1972 e 1972-1975

• Storck, Wilhelm, Vida e Obra de Luís de Camões, trad. anotada por Carolina Michaëlis de Vasconcelos, Lisboa, 1897

Trabalhos coletivos

• Visages de Luís de Camões (conferências de Costa Pimpão, R. Bismut, Pina Martins, F. Mauro, Eduardo Lourenço, Luís de Albuquerque e Jorge de Sena), Paris, 1972

• Actas da I Reunião Internacional de Camonistas, 1972 (com comunicações de Jorge de Sena, Roger Bismut, Stephcn Reckert, Hans Flasche, A. Costa Ramalho, Eduardo Lourenço, Frank Pierce, Giuseppe Carlo Rossi, etc.)

• Camões e o Pensamento Filosófico do Seu Tempo (introdução de Luís de Sousa rebelo, ensaios de Egídio Namorado, Luís de Sousa Rebelo, Roger M. Walker e João Mendes), Lisboa, 1979

• Estudos sobre Camões - Páginas do «Diário de Noticias» Dedicadas ao Poeta no 4.º Centenário da Sua Morte «textos de Jorge Borges de Macedo, Maria Helena da Rocha Pereira, Orlando Ribeiro, António José Saraiva, António de Figueiredo, David Mourão-Ferreira, Pedro Luzes, João Gaspar Simões, Armando Castro, Jacinto do Prado Coelho, Fiama Hasse Pais Brandão, José Hermano Saraiva, Pedro Calmon, Luís Forjaz Trigueiros, Gilberto Mendonça Teles, Eugénio Lisboa, Pe Manuel Teixeira, Ricardo Averini, Américo da Costa Ramalho, Maria Vitalina Leal de Matos, Matilde Rosa Araújo, Raul Rego, António Valdemar, Manuela de Azevedo, Maria Clara Pereira da Costa e Maria Valentina Sul Mendes, Lisboa, 1981

• Micrologia Camoniana, Estudos de Franco Barreto, Luís Fernando de Carvalho Dias e Fernando Portugal, Lisboa, 1982

• Camões e a Identidade Nacional (textos de Vergílio Ferreira, Jorge de Sena, Fernando Namora, Vitorino Magalhães Godinho, David Mourão-Ferreira, Eduardo Lourenço, Agustina Bessa-Luís e José de Azeredo Perdigão), Lisboa, 1983

Sugestões



Lineu Roberto de Moura
Presidente

Robles Celmo de Carvalho
Administrador Geral

3 comentários:

  1. Anônimo17:51

    Great post.

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  2. Sra. Maria Granzoto,
    Sou camonista por amor à Literatura Portuguesa, em que pese ser engenheiro químico de formação básica, fui prof. dessa literatura nos primeiros anos de faculdade por necessidade pecuniária. Gostaria de saber se a sra. tem informações detalhadas dos trabalhos de um coronel aviador português publicados, resumidamente, no sitio eletrônico do Instituto Literario da Madeira, sobre os ascendentes de Camões serem da cidade de Chaves. Trabalho, nas horas vagas que agora são muitas por falta de emprego, na redação de alguns ensaios sobre Camoniana, bem como no catálogo de bibliografia ativa e passiva camoniana. Gostaria de poder trocar informações camonianas com a sra. porque notei que suas referência bibliográficas são raras.
    Grato,
    Alfarelense Camonista
    Jundiaí - SP

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  3. Caríssimo amigo Alfarelense Camonista entre em contato com a professora Maria Granzoto da Silva granzoto@globo.com - (não se esqueça de enviar seu e-mail) pois que ela vai responder sua solicitação.
    Atenciosamente,
    ArtCulturalBrasil

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